1984: Uma Análise Sobre a Liberdade.

    Supressão da liberdade individual, excesso de controle e vigilância, são temáticas trazidas por George Orwell no seu romance distópico (1984). Somos apresentados a Winston Smith, que vive em uma sociedade coletivista e futurista, onde o “Grande Irmão” fornece poder a um partido totalitário, controlador e ditador. A história ocorre em um mundo fictício, dividido em 3 grandes nações (Oceânia, Eurásia e Letásia). Winston (personagem principal) trabalha no Ministério da Verdade, e ironicamente sua função é alterar documentos e fatos históricos para fornecer narrativas que sirvam de benefício para o partido. 

     Algumas caraterísticas dessa população é a baixíssima interação entre as pessoas, pouca comunicação e quase nada de vida comunitária. O silencio domina as pessoas, não por opção, mas porque o repertório critico e profundo, é claramente ausente nas pessoas. Há um baixíssimo interesse no que é real, e na verdade, é de se duvidar que elas ainda saibam o que é a realidade. Seguem cegamente as orientações do governo, acreditam em tudo, já não há mais passado, nem presente, nem futuro, só a ilusão do tempo.

   Não há quem os defenda. Se manter vivo significa seguir tateando em relação ao que ocorre, e permanecer em silencio haja o que houver. Vigiando constantemente a população, a policia do pensamento tem a função de reprimir pensamentos contrários ao governo. Com uma linguagem adulterada, o partido visa atrofiar o pensamento de cada individuo.

    O que fazer então em um lugar que não se pode pensar… ao menos criticamente? Assistir TV. Isso, nesse universo as “Teletelas” apresentam conteúdos programados e nada criativos. Não acrescenta ao repertório, nem auxilia a pensar na vida. O objetivo dos programas é manter a vigilância constante dos cidadãos. O que é espantoso? As pessoas sentirem o prazer nisso. 

    A família perde o seu valor e já não participam do processo de educação dos seus filhos. E se não bastasse, as crianças agem de maneira autônoma, chegando em muitos momentos a denunciar os pais para o partido. Ao se dá conta do processo, Winston decide se rebelar, encontrando-se com Júlia, com quem vive um romance. Além disso, a dupla discute ideias de rebelião e liberdade, sonhando utopicamente em um ambiente melhor. 1984 é uma critica feroz aos governos totalitários e ditadores.
       
    Ainda corre sangue pelas veias de Winston. Nasce a dúvida em seu coração. A dúvida gera interesse, motiva o desejo. E na estrada, a companhia necessária para ousar ir contra o que não se pode ousar. O final? Leia. 1984 é um alerta sobre como devemos preservar a nossa individualidade, questionando as “verdades” que nos vendem por ai. Reforça um cenário de coragem e risco quando tudo parece perdido, e acima de tudo, demonstra como os poderes podem se tornar invencíveis. 


       Leia
       Cordialmente, Douglas Ramos. 

     

 
       

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